VOO DE RENASCIMENTO - 2020 PARA 2021
por profa. Eliane Oliveira 
 

 
 
 

 

 

 

 


 

 

Esta é uma imagem inspiradora de gestação de si mesmo em 2020 que resultará num voo de renascimento em 2021. Mas, é importante enfatizar: esse voo de renascimento dependerá da cor-agem (agir com a força do coração) de cada um de nós. Gestação de si mesmo é outro nome para "processo de individuação". Sempre muito dificil e desafiante. É enormemente trabalhoso e dá medo. Os 12 trabalhos de Hercules. Mas não há outro jeito para quem quiser viver a vida sem véus. Você terá que sair da sombra do outro, desidentificar-se com ela, e acolher a sua própria sombra, sem identifica-se com ela. Desidentificar-se com a sombra do outro é um ato de libertação de si e do outro, mas, apesar disso, temos medo de nos libertar do outro e assumir o caminho de nossa alma. Há conveniências entre nós e o outro que nos prendem reciprocamente e não nos libertam para seguir, cada um, o seu próprio dharma pessoal (aquilo que se deve, missão). Claro, você pode fazer essa trajetória tendo outros fazendo trajetórias parecidas paralelamente, o que compõe uma comunidade de peregrinos. Mas a sua trajetória só você poderá fazer,

e o outro, só ele poderá trilhar a dele.

Assumir o caminho da alma é trazer a nossa sombra para nossa consciência. Conforme a nominação junguiana, está na sombra tudo o que não está na consciência. Portanto, pode ser tanto a parte cruel e perversa do ser, quanto a parte mais iluminada dele. Em geral, relacionamos sombra somente ao nosso lado dia-bólico (desintegrador). Mas, muitas vezes também deixamos na sombra nosso lado sim-bólico (integrador), que numa leitura imediata quer dizer: trazer para junto): os talentos, as vocações e os poderes pessoais. Para que a sombra - trevosa e luminosa - seja integrada e não rejeitada por nós, é preciso colocar a vela sobre a mesa e não deixa-la sob a mesa. É preciso dispor-se ao desnudamento, como diz o poeta Alberto Caeiro (Fernando Pessoa):

"Procuro despir-me do que aprendi, procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram;E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos; Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras; Desembrulhar-me e ser eu".

Que possamos reconhecer nossas trevas e nossas pérolas no fundo abissal e obscuro da existência, e, com elas, possamos emergir à consciência, para renascermos pessoas nuas e inteiras. - por Eliane Oliveira - 09/01/21

Publicado originalmente em:

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