O PANORAMA DAS ENERGIAS SUTIS Por Naomi Ozaniec
No
teu corpo repousa a montanha Meru,
Rodeada pelos sete continentes.
Há também riachos,
Lagos, montanhas, planícies,
E os deuses das diversas regiões.
Lá existem profetas,
Monges e locais de peregrinação.
E acima dos deuses governantes
Há estrelas, planetas,
Rodeada pelos sete continentes.
Há também riachos,
Lagos, montanhas, planícies,
E os deuses das diversas regiões.
Lá existem profetas,
Monges e locais de peregrinação.
E acima dos deuses governantes
Há estrelas, planetas,
E
o Sol junto com a Lua;
Lá também se encontram os dois poderes cósmicos,
Aquele que destrói e aquele que cria;
E todos os elementos: o éter,
O ar e o fogo, a água e a terra.
Sim, todas essas coisas estão dentro do teu corpo;
Elas existem em três mundos,
E todas cumprem suas tarefas ordenadas
Ao redor da montanha de Meru.
Somente aquele que sabe tudo isso
Pode se tornar um verdadeiro iogue.
Lá também se encontram os dois poderes cósmicos,
Aquele que destrói e aquele que cria;
E todos os elementos: o éter,
O ar e o fogo, a água e a terra.
Sim, todas essas coisas estão dentro do teu corpo;
Elas existem em três mundos,
E todas cumprem suas tarefas ordenadas
Ao redor da montanha de Meru.
Somente aquele que sabe tudo isso
Pode se tornar um verdadeiro iogue.
Siva
Samhita, versos 1-5)
"Chakra"
é uma palavra sânscrita que significa roda. A roda gira ao redor do
próprio eixo; ela pode revolver lenta ou rapidamente. A semelhança
dos discos coloridos que as crianças fazem rodopiar num pedaço de
linha, o chakra gira de acordo com o grau de energia do sistema. A
roda, em si, é um poderoso símbolo que representa os inúmeros
padrões cíclicos da vida. (...)
Os
chakras também são chamados de lótus ou padmas. Este belo símbolo
fala-nos bastante da natureza dos chakras como uma força
estimulante. O lótus, que não é diferente do nenúfar, cresce em
abundância em toda a Ásia. A flor exótica floresce na água, mas
suas raízes estão profundamente enterradas no lodo, bem abaixo da
superfície. Ela passou a representar a condição humana. Está
enraizada no lodo e nas trevas das profundezas, mas por fim floresce
sob a luz do sol. Exatamente como um lótus, o chakra pode estar
fechado, em botão, abrindo ou florescendo, ativo ou adormecido.
Os
chakras evoluem naturalmente no decurso de um longo período de tempo
como parte do desenvolvimento de toda a pessoa. Alguns sistemas
espirituais procuram educar o ser como um todo, por saberem que os
chakras irão acompanhar a mudança. Também é possível acelerar o
ritmo de abertura e apressar esse processo evolucionário. Outros
sistemas espirituais procuram despertar os chakras, sabendo que isto,
por sua vez, afetará todo o ser.
Onde
estão os chakras, as rodas ou os lótus? Eles são encontrados
dentro de cada um de nós. Do mesmo modo como todo o mundo tem um
corpo físico, todas as pessoas têm um corpo sutil.
Os
chakras servem de mecanismo de ligação entre a matéria física e a
sutil.
(…)
(…)
OS
CHAKRAS E A ANATOMIA SUTIL
Os
próprios chakras fazem parte de uma rede maior de energias sutis.
Não podemos isolá-los sem violar princípios holísticos. Nossa
constituição física foi bem pesquisada e documentada pelas
inúmeras ciências que se baseiam no corpo. Nossa estrutura sutil só
pode ser explorada através de métodos bem diferentes: é preciso
que haja envolvimento em vez de um desapego clínico, além de uma
estrutura de referência holística. Entretanto, o aspecto físico e
o não-físico da existência são duas partes do mesmo todo; eles
não podem, realmente, ser separados. Não podemos estudar um sem
relacioná-lo com o outro. Não podemos analisar a anatomia sutil sem
perceber a sua relação com a anatomia física. Analogamente, a
anatomia física sem o conhecimento da anatomia sutil está
incompleta. (...)
Simples agregados de tecido vivo geram uma luminescência. Por conseguinte, é provável que grupos de células mais especializadas, ordenadas nos órgãos físicos, deem origem a padrões de energia mais organizados. Pare por um instante e relacione os principais sistemas do corpo. Sua lista, provavelmente, incluirá percepção, respiração, circulação, digestão, reprodução e excreção. Seus equivalentes são os seis chakras do despertar. Não deve causar surpresa o fato de o cérebro possuir um centro adicional, o que perfaz um total de sete chakras principais. Eles estão situados no alto da cabeça, sobre as sobrancelhas, no centro da testa, na garganta, no coração, no plexo solar, no centro sexual e na base do corpo.
Os
sete chakras:
Chakra Sahasrara (No alto da cabeça)
Chakra Ajna (Sobre as sobrancelhas)
Chakra Vishudha (Garganta)
Chakra Anahata (Coração)
Chakra Manipura (Plexo Solar)
Chakra Svadisthana (Centro sexual)
Chakra Muladhara (Base do Corpo)
Chakra Sahasrara (No alto da cabeça)
Chakra Ajna (Sobre as sobrancelhas)
Chakra Vishudha (Garganta)
Chakra Anahata (Coração)
Chakra Manipura (Plexo Solar)
Chakra Svadisthana (Centro sexual)
Chakra Muladhara (Base do Corpo)
OS
CHAKRAS E O CORPO FÍSICO
Cada
chakra corresponde a determinados sistemas físicos e a seus
respectivos órgãos. O chakra raiz está associado ao intestino
grosso e ao reto. Ele também é responsável, em parte, pelas
funções dos rins, que livram o corpo dos resíduos. O chakra do
sacro está relacionado com o sistema reprodutor, os ovários e os
testículos, a bexiga e os rins. O chakra do plexo solar está ligado
ao fígado, à vesícula, ao estômago, ao baço e ao intestino
delgado. O chakra cardíaco está relacionado com o coração e os
braços. O chakra laríngeo corresponde aos pulmões e à garganta. O
chakra frontal relaciona-se com o cérebro. O chakra coronário não
está limitado a uma única parte do corpo e, sim, a todo o ser.
Existe uma relação direta entre as condições do chakra e os órgãos físicos correspondentes. Um chakra pode estar com excesso de vitalidade, com pouca vitalidade ou num estado de equilíbrio. Pode estar aberto ou bloqueado. Por exemplo, a disfunção do sistema reprodutor geralmente se manifestará por meio de sintomas físicos óbvios, como distúrbios menstruais. Os sintomas físicos serão refletidos por uma disfunção dentro da rede energética correspondente e o próprio chakra. Gerar uma mudança para devolver esse sistema de energia a um estado de equilíbrio produzirá uma alteração no nível físico.
Os
chakras funcionam como transmutadores de energia de um nível para
outro, distribuindo energia prânica ao corpo físico. Isso é feito,
em parte, através das glândulas, que regulam diferentes sistemas
dentro do corpo. Tradicionalmente, cada um dos chakras também está
relacionado com uma glândula importante. O chakra raiz está ligado
às supra-renais; o chakra do sacro está relacionado com os ovários,
na mulher, e com os testículos, no homem; o chakra do plexo solar
está associado ao pâncreas; o chakra cardíaco corresponde ao timo;
e o chakra laríngeo tem relação com as glândulas tireóide e
paratireóide; o chakra frontal, na maioria das vezes, se relaciona
com a glândula pituitária e, outras vezes, com a pineal; o chakra
coronário, quase sempre, é associado à pineal e, por vezes, à
pituitária.
As glândulas endócrinas desempenham um papel fundamental na saúde e no bem-estar diário do corpo. Os hormônios liberados pelas glândulas diretamente na corrente sanguínea governam todos os aspectos do crescimento, do desenvolvimento e da atividade física diária. A disfunção de qualquer uma das glândulas endócrinas trará graves consequências. O mau funcionamento físico é, em si, o resultado de um colapso que ocorre dentro da rede energética de nadis (canais por onde a energia é conduzida) e chakras.
Ozaniec,
Naomi. O livro básico dos Chakras. São Paulo: Pensamento, 1998.
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